Luto e Perda

Artur de Azevedo 1767, sala 163 | Pinheiros | Metrô Fradique Coutinho

A dor da perda do PET é uma dor verídica. E precisamos falar sobre isso!

 O ser humano, desde seu nascimento, busca encontrar o outro, inicialmente por uma questão de sobrevivência, que se transforma depois em uma atividade relacional, ou seja, nascemos para nos relacionarmos uns com os outros (humanos ou não).

E nesta jornada nos deparamos com pets que fazem uma grande diferença na experiência humana!

Afinal, quem nunca se encantou por um animal de estimação?

Cachorro, gato, hamister, pássaros, tartaruga e tantas outras espécies que chegam de mansinho e ocupam um espaço enorme em nossas vidas e em nosso coração.

A conexão algo indescritível. Só quem vive tal experiência tem a real dimensão desta parceria.

Superação

Pessoas compartilham comigo que foi graças apresença de seus pets que elas conseguiram superar momentos extremamente difíceis onde uma enorme carga emocional se fazia presente.

Momentos onde nos deparamos a sós seja porque nossos filhos saíram de casa, quando perdemos nossa companhia, ou quando passamos a morar sozinhos e o que acalentava nossos corações era a festa que nosso pet fazia para nos recepcionar.

Ou muitas vezes só a sensação que ele nos causava pelo simples fato de sentir que não estávamos bem e automaticamente nos olhando fixamente e se encostar, buscar chamar nossa atenção nos dando a sensação de um acolhimento tão genuíno.

Mas então seja de forma natural ou inesperada a morte chega e tudo fica devastado frente a perda deste nosso pet.

E um vazio se faz. E mesmo devastados ainda nos deparamos com a insensibilidade do ser humano, que de forma invasiva quer diminuir nossa dor dizendo palavras vãs como “Ah, mas ele era só um pet”, “Compra outro, você nem vai notar a diferença”, “Sai dessa, vai ficar tudo bem”, “Ah, pet é assim mesmo, tem uma vida frágil. O segredo é escolher um que tenha uma saúde mais forte”.

Perda é perda. Respeite minha dor

E nessas horas a frase “quando mais convivo com humanos, mais valorizo os animais” faz todo o sentido!

Quando o assunto é “perda” não há diferença no objeto perdido (seja um ser humano, um pet, um objeto material). A dor é a mesma! Eu costumo dizer que nós não gostamos de perder nem “ideia”. Basta se lembrar como ficamos irritados quando iriamos fazer algo e de repente esquecemos o que iriamos fazer. Dá uma raiva danada, né?

É preciso sentir a perda. Eu sei que dói muito! É espinhoso esse caminho, mas o luto é feito por fases. E quando a dor se estende por um longo tempo encontrar um espaço acolhedor, e livre de julgamentos,se essa dor é cabível ou não, necessária ou supérflua,é na verdade encontrar uma possibilidade que tende a favorecer que uma despedida ocorra de modo natural e saudável.

Rompa a barreira do preconceito! Permita-se falar da dor e a da falta que seu pet te faz. Sua perda é real e dolorosa. Busque ajuda. Cuide de sua saúde emocional.