Maos na cabeça

Ansiedade:O tempo é o responsável?

Constantemente procuro saber o que há de novo ou foi comentado em relação a questão do transtorno de ansiedade, seja no mundo acadêmico ou fora dele.

Tive contato com uma matéria muito interessante publicada pelo site EXTRA. Achei muito pertinente algumas informações mencionadas na matéria e gostaria de conversar sobre elas com você leitor.

A primeira informação que chama atenção, na matéria, se refere a um dado divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que diz:

“…o Brasil é o país com a maior taxa de pessoas que sofrem de algum transtorno de ansiedade — 9,3%, o que equivale a mais de 18 milhões de brasileiros — e o quinto no ranking da depressão — 5,8% da população, afetando 11 milhões. Já no acesso à internet, o Brasil está em quarto, de acordo com dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento”

Perceba que na informação acima já temos dois pontos que merecem nossa atenção.

O primeiro que uma taxa de 9,3% de pessoas sofrendo com transtorno de ansiedade é muito significativo. Uma vez que neste quadro de saúde mental a pessoa fica tomada por um sentimento de preocupação, ansiedade ou medo que são fortes o bastante para interferir nas atividades diárias.

O segundo dado interessante é em relação ao aumento do acesso a internet. Claro que minha intensão nesta discussão não é dizer que a internet é uma coisa ruim, muito pelo contrário. Entretanto com a chegada dela fomos inundados de informações, e reitero que isso não é um problema, a questão está na forma como nos relacionamos com esse monte de coisa acontecendo.

Seja sincero, você consegue ignorar quando você vê que tem notificações em sua rede social ou logo já vai correndo olhar? E às vezes se decepciona, pois é uma solicitação de joguinhos.

Isso me fez lembrar, um episódio, da terceira temporada, do seriado Black Mirror, disponível na NetFlix, chamado “Queda livre”. Recomendo, pois tende a exemplificar como estamos nos relacionando com este mundo virtual.

Mas tudo isso para dizer que é impossível dar conta de todas as coisas que estão acontecendo ao nosso redor. E se nós não percebemos isso, esse ciclo ansioso nunca irá terminar, uma vez que o mundo nos estimula o tempo todo. Você já teve a impressão que o tempo está passando rápido? E aí me pergunto: Será que de fato está ou somos nós que estamos assoberbados, carregados de coisas para fazer?

Concordo com a reportagem quando ela aponta que “as pessoas não se conectam com elas mesmas nem no presente”. Em outras palavras, queremos dar conta de tudo e muitas vezes não estamos dando conta nem de nós, pois ou estamos muito preocupados com o que deixamos de fazer (passado) ou com o que temos ainda para fazer (futuro). Mas e o que estou fazendo agora?

Você pode estar pensando: bem, mas o que posso fazer para melhorar isso? Como sair deste redemoinho?

Veja essas 5 dicas neste infográfico, inspiradas pela leitura da matéria, porém há varias outras como a prática da atenção plena (mindfulnes), prática de meditação rápida que pode ser feita em qualquer lugar; o esporte; e etc.

Ei, gostou? Acho que você gostará do artigo: Depressão. Estou sujeito? O que posso fazer?

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